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Palavra do especialista, Relacionamento
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Tenho um filho de 9 anos que desde os 4 faz ludoterapia devido a dificuldades de relacionamento. Não aceita limites e quando é chamado à atenção não ouve, faz chantagens emocionais e fica muito revoltado quando é castigado. Normalmente, como castigo, tiro videogame e TV. Durante o período de castigo se comporta bem, mas depois começa tudo de novo. O que devo fazer?
A ludoterapia, além de cuidar da criança, tem que estar a serviço dos pais com orientação e estratégia. Acho que vocês deveriam ter encontros mais freqüentes com a terapeuta dele.
Tive contato com meu filho somente após o teste de paternidade. Desde então, saio com ele uma vez por semana. Nesses encontros tento mostrar todo o meu amor e carinho, agradando-o e fazendo todas as suas vontades. Mas agora ele não quer sair mais sozinho comigo, prefere que a mãe nos acompanhe. Quando eu o pego no colo, chora e resiste bastante, mas depois de um tempo fica à vontade. Será que se eu continuar insistindo ele se acostuma e volta a passear sozinho comigo?
A confiança e a segurança não se "vendem". Talvez a criança tenha receio de ficar longe da mãe, que sempre está por perto e o ampara quando precisa. Reflita sobre o assunto: talvez a presença materna, durante os passeios, seja a melhor forma de ganhar a confiança do garoto. Assim ele ficará mais à vontade e poderá brincar e se divertir com você. Com o tempo, tudo irá melhorar. Lembre-se, a figura do pai é muito importante para o desenvolvimento infantil.
Sou separado e minha ex-mulher teve um filho, fruto de outro relacionamento. Depois que o bebê nasceu, ela não se importa mais com nosso filho de 10 anos. Acho que o garoto está revoltado porque a mãe não lhe dá mais atenção. Agora ele não quer mais estudar: falta freqüentemente às aulas e suas notas são péssimas. Eu converso bastante com ele, mas estou me sentido muito desorientado. O que devo fazer?
O problema parece estar nas dificuldades de comunicação entre você e sua ex-mulher. Se os adultos não conseguem entender que a separação é entre eles, ou seja entre marido e mulher e não entre pai, mãe e filho, tudo resulta em confusão. É possível que seu filho realmente esteja revoltado e por isso tire notas baixas para chamar a atenção da mãe, que está preocupada com bebê. Esqueça as mágoas e os problemas da separação e converse com sua ex-mulher para tentar acabar com esses pontos de conflito.
Minha filha de 2 anos fica o dia todo com minha mãe. No final da tarde pego-a para levar para casa, mas há dois dias ela não quer ir, quer ficar com a avó. Como devo me comportar?
Tenha paciência! Sua filha se sente segura e gosta da avó e isso não significa que não goste de você. Se aceitar esse fato sem raiva e sem culpa, a confiança da menina vai aumentar. Deixe-a dormir alguns dias na casa de sua mãe e no fim de semana faça um programa gostoso e divertido com ela. Se ela perceber que você está tranqüila e confiante, reagirá da mesma forma.
Alguns meses após o meu divórcio comecei a namorar. Meus filhos não tiveram problemas com meu atual parceiro, mas desde que o pai deles ficou sabendo do meu novo relacionamento tenta jogar as crianças contra o meu namorado. Magoada com a situação, proibi meu ex-marido de visitar as crianças em casa. Estou agindo de forma correta?
O fundamental é resolver os problemas entre os adultos. Lembre-se que marido e mulher se separam, mas não dos filhos. Resolva as pendências entre vocês e jamais envolva as crianças nessa relação.