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Escolha o seu anticoncepcional


Conheça os métodos anticoncepcionais atuais: como funcionam, suas vantagens, desvantagens e verifique quais são os mais seguros.

Atualmente existem diversos tipos de métodos anticoncepcionais de alta eficácia, permitindo que os casais possam fazer um planejamento familiar para terem apenas o número de filhos que desejam.

Na lista que segue abaixo, eles estão ordenados conforme o grau de segurança. Lembre-se de que, com exceção da camisinha, a orientação do médico é fundamental na escolha da melhor opção, de acordo com suas necessidades.

Muito seguros

PÍLULA ANTICONCEPCIONAL

Índice de falha: aproximadamente 0,1%

Como funciona: a pílula é composta por hormônios similares aos que a mulher produz normalmente, a progesterona e o estrógeno. Como ela inibe a ovulação, o óvulo não é fertilizado pelo espermatozóide e a gravidez não ocorre. Quando acaba uma cartela e a mulher para de ingerir os hormônios, há um sangramento (como a menstruação).

Como usar: tomar diariamente, de preferência na mesma hora. Algumas devem ser tomadas no primeiro dia da menstruação, outras no quinto. Dependendo da pílula deve-se fazer uma pausa de sete dias entre uma cartela e outra. Se você esquecer de tomar a pílula no horário certo, tome-a apenas se lembrar dentro do período de 12 horas após o horário habitual. Caso contrário, exclua o comprimido esquecido e continue tomando os restantes até terminar a cartela.

Indicações: a pílula anticoncepcional é um dos melhores métodos para se evitar uma gravidez indesejada. Existem também indicações médicas para a pílula, tais como endometriose, ovários policísticos, tensão pré-menstrual e cólica menstrual.

Vantagens: se tomada corretamente começa a funcionar no primeiro dia de uso. Nos dias de pausa entre as cartelas a proteção contra a gravidez permanece. Normalmente reduz a cólica e a tensão pré-menstrual e os períodos ficam mais regulares.

Desvantagens: não protege contra doenças sexualmente transmissíveis e em algumas mulheres provoca o aumento de peso durante os três primeiros meses. Alguns medicamentos, como certos antibióticos, antiepiléticos e anticonvulsivantes podem diminuir a eficácia da pílula.

INJEÇÃO ANTICONCEPCIONAL

Índice de falha: aproximadamente 0,2%

Como funciona: são injeções intramusculares, tomadas a cada um ou três meses (dependendo do tipo de injeção). Sua composição faz com que a mulher não ovule e, dessa forma, impede a gravidez.

Indicações: para mulheres que esquecem de tomar a pílula ou que não podem tomá-la via oral.

Vantagens: a mulher não precisa lembrar-se de tomar diariamente. Pode ser usada durante o aleitamento e estimula a formação de glóbulos vermelhos, combatendo a anemia. Diminui o risco de doença inflamatória pélvica.

Desvantagens: os injetáveis provocam irregularidades no ciclo menstrual e algumas vezes há um atraso no retorno ao nível anterior de fertilidade. Em certas mulheres provoca o aumento do apetite, levando ao aumento de peso. Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

DIU - DISPOSITIVO INTRA-UTERINO

Índice de falha: de 0,1% a 4%

Como funciona: uma pequena peça de plástico recoberta com cobre impede que o óvulo fecundado se implante na parede do útero ou atua nas trompas e no espessamento do muco cervical, evitando a gravidez. O médico coloca o DIU dentro do útero e realiza um controle periódico. Os mais modernos duram em média cinco anos, sendo retirados quando a mulher desejar.

Indicações: para quem já tem filhos e deseja esperar mais tempo para a próxima gravidez ou para quem não quer uma solução definitiva (como a laqueadura).

Vantagens: não interfere no ato sexual e tem um efeito de longa duração.

Desvantagens: algumas mulheres passam por dores e sangramento após a inserção do DIU. Não é recomendável para quem nunca teve filhos; a menstruação pode se tornar mais abundante. Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

IMPLANTE ANTICONCEPCIONAL

Índice de falha: aproximadamente 0,1%

Como funciona: uma cápsula de plástico contendo hormônios é colocada embaixo da pele do braço ou das nádegas, com anestesia local. Inibe a ovulação e dura de 6 meses a 5 anos, podendo ser retirada quando a usuária desejar.

Indicação: para prevenção da gravidez durante um longo prazo e para mulheres que não querem tomar pílulas diariamente.

Vantagens: rápido retorno à fertilidade após a remoção; provoca a ausência ou a diminuição das menstruações. A eficácia contraceptiva inicia-se oito horas após a inserção do implante.

Desvantagens: não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Pode causar alterações no ciclo menstrual, ganho de peso, sensibilidade mamária e cefaléia.

ENDOCEPTIVO

Índice de falha: aproximadamente 0,1%

Como funciona: o ginecologista coloca o dispositivo de plástico ou de metal (parecido com um DIU) dentro do útero. O endoceptivo libera uma pequena quantidade de hormônio na parede interna do útero, por cerca de cinco anos. Ele também torna o muco do cervical mais espesso, impedindo a entrada do esperma.

Indicações: para mulheres com filhos que gostariam de planejar uma nova gravidez no futuro. É um contraceptivo de longa duração altamente eficaz.

Vantagens: a menstruação pode desaparecer em algumas mulheres após poucos meses uso e reduz dores menstruais. Protege contra doenças que provocam inflamação pélvica e diminui a incidência de miomas, sangramento abundante e endometriose.

Desvantagens: efeitos relativos aos hormônios, como acne, alteração de peso, náusea, cefaléia, alterações do humor e desconforto mamário no início do tratamento. Custa caro e não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

VASECTOMIA

Índice de falha: de 0,1 a 1%

Como funciona: chamada também de esterilização masculina, o médico corta os vasos deferentes (tubos que conectam os testículos ao pênis). Dessa forma os espermatozóides são bloqueados nos testículos e o esperma liberado durante a ejaculação não fertiliza óvulo. A cirurgia é simples e com anestesia.

Indicações: homens que não querem mais ter filhos.

Vantagens: um mês e meio após a operação o homem não precisa mais usar qualquer método para evitar a gravidez da sua parceira.

Desvantagens: um pouco de inchaço e dor após a cirurgia. A solução é praticamente permanente e sua reversibilidade não é garantida. Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

LIGADURA DE TROMPAS (LAQUEADURA)

Índice de falha: de 0,4 a 1%

Como funciona: existem diversos métodos utilizados para a esterilização feminina. O médico liga ou corta as Trompas de Falópio, o óvulo não chega ao útero e a gravidez não ocorre.

Indicações: mulheres que não querem mais ter filhos.

Desvantagens: exige internação e anestesia geral ou regional. É irreversível e alguns hospitais não realizam a cirurgia em mulheres que nunca tiveram filhos.

O Sistema Único de Saúde (SUS) está autorizado a realizar laqueadura e vasectomia gratuitamente, desde que a mulher ou o homem tenham mais de 25 anos e no mínimo dois filhos vivos. Se o candidato à esterilização for casado, é preciso que seu cônjuge concorde com a realização da cirurgia. E, se depois de alguns anos houver arrependimento, pode ser feita uma cirurgia de reversão, cujos custos também são cobertos pelo SUS.

Métodos seguros

MICRO PÍLULA

Índice de falha: de 3 a 4%

Como funciona: a micro pílula possui uma pequena quantidade de hormônio e deve ser ingerida diariamente, sem interrupção. Impede a passagem dos espermatozóides, pois atua no colo do útero.

Indicações: para evitar a gravidez durante a amamentação, já que durante esse período a mulher não engravida facilmente. Para o casal que não deseja usar camisinha ou outro método contraceptivo durante esse período.

Vantagens: o uso prolongado não prejudica o organismo.

Desvantagens: não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. A mulher tem que se lembrar de tomar todos os dias, no mesmo horário.

CAMISINHA

Índice de falha: de 3 a 20%

Como funciona: também chamada de condom ou preservativo, a camisinha é uma cobertura fina de látex que envolve o pênis durante o ato sexual. Evita a passagem de sangue, esperma e outras secreções de um parceiro para o outro.

Vantagens: proteção contra doenças sexualmente transmissíveis como a AIDS e contra a gravidez indesejada. Facilmente encontrada (farmácias, supermercados, motéis etc.) e não custa caro.

Desvantagens: se não for colocada corretamente pode haver vazamento do esperma durante o ato sexual. Deve ser retirada logo após a ejaculação e a sua colocação deve ser sempre feita com o pênis ereto.

CAMISINHA FEMININA

Índice de falha: de 8 a 20%

Como funciona: dois anéis de borracha: um fica dentro da vagina e outro fora, uma mistura de camisinha masculina com diafragma. Impede que o esperma atinja o interior do útero e que haja a fecundação. A mulher deve colocá-la como se fosse um absorvente interno, apertando o anel mais endurecido e introduzindo-o com a ajuda dos dedos. Depois da relação deve ser retirada.

Vantagens: pode ser colocada até oito horas antes da relação, mas deve ser removida logo após, antes da mulher se levantar. Possui uma menor probabilidade de romper e protege contra doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS.

Desvantagens: não é possível utilizar a camisinha feminina e a masculina juntas. Não pode ser usada por mulheres virgens, é descartável e mais cara que a camisinha masculina.

DIAFRAGMA

Índice de falha: de 6 a 20%

Como funciona: um pequeno anel de metal recoberto por uma película de borracha ou silicone. Impede que os espermatozóides entrem no útero e que haja a fertilização do óvulo. A mulher deve colocá-lo dentro da vagina antes da relação, junto com algum creme espermicida.

Indicações: mulheres que não podem tomar hormônios.

Vantagens: reutilizável, dura bastante tempo se tomados os cuidados de conservação. Pode ser retirado até oito horas após a relação.

Desvantagens: não pode ser utilizado por mulheres virgens ou que tenham algum problema no colo do útero. Inicialmente o tamanho do diafragma deve ser medido por um médico.

Métodos poucos seguros

ESPERMICIDA

Índice de falha: de 6 a 20%

Como funciona: são cremes, supositórios, sprays ou geléias especiais, colocados dentro da vagina antes da relação. Suas substâncias químicas matam os espermatozóides e impedem a fertilização.

Vantagens: podem ser colocados na vagina entre 20 a 30 minutos antes das relações e atuam como lubrificante.

Desvantagens: são menos seguros que a camisinha e não são encontrados em qualquer lugar. Algumas mulheres têm alergia aos espermicidas; eles não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis.

TABELINHA

Índice de falha: de 10 a 20%

Como funciona: a tabelinha se baseia em cálculos de ovulação. Utilize a calculadora do Clicfilhos para saber qual é o seu período fértil.

Indicação: para quem quer engravidar (e não para quem quer evitar).

Desvantagens: existem mulheres que engravidam em qualquer época do ciclo, até mesmo durante a menstruação. Perigoso para adolescentes visto que o ciclo, nessa época, sofre grandes variações.Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.

COITO INTERROMPIDO

Índice de falha: de 15 a 20 %

Como funciona: o homem, segundos antes da ejaculação, retira o pênis da vagina.

Vantagens: melhor método quando não se dispõe de nenhum outro.

Desvantagens: as secreções do pênis durante a excitação podem conter espermatozóides vivos. Não é fácil conter a ejaculação. Não há proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis.

PÍLULA DO DIA SEGUINTE

Índice de falha: de 10 a 20 %

Como funciona: utilizado como anticoncepcional de emergência, possui uma grande quantidade de hormônio. Deve ser tomado em três doses, sendo 12 horas 24 horas e 36 horas após a relação, para evitar a gravidez.

Indicações: quando há o rompimento do preservativo durante o ato sexual ou em casos de estupro.

Desvantagens: efeitos colaterais como enjôo, mal estar, vômitos. Interfere na regularidade do ciclo menstrual. Por ser de emergência, não pode ser usada de maneira habitual.


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