Sábado, 18 de janeiro de 2025 |
Escolha o seu anticoncepcional
Conheça os métodos anticoncepcionais atuais: como funcionam, suas vantagens, desvantagens e verifique quais são os mais seguros. |
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Atualmente existem diversos tipos de métodos anticoncepcionais de alta eficácia, permitindo que os casais possam fazer um planejamento familiar para terem apenas o número de filhos que desejam.
Na lista que segue abaixo, eles estão ordenados conforme o grau de segurança. Lembre-se de que, com exceção da camisinha, a orientação do médico é fundamental na escolha da melhor opção, de acordo com suas necessidades.
PÍLULA ANTICONCEPCIONAL
Índice de falha: aproximadamente 0,1%
Como funciona: a pílula é composta por hormônios similares aos que a mulher produz normalmente, a progesterona e o estrógeno. Como ela inibe a ovulação, o óvulo não é fertilizado pelo espermatozóide e a gravidez não ocorre. Quando acaba uma cartela e a mulher para de ingerir os hormônios, há um sangramento (como a menstruação).
Como usar: tomar diariamente, de preferência na mesma hora. Algumas devem ser tomadas no primeiro dia da menstruação, outras no quinto. Dependendo da pílula deve-se fazer uma pausa de sete dias entre uma cartela e outra. Se você esquecer de tomar a pílula no horário certo, tome-a apenas se lembrar dentro do período de 12 horas após o horário habitual. Caso contrário, exclua o comprimido esquecido e continue tomando os restantes até terminar a cartela.
Indicações: a pílula anticoncepcional é um dos melhores métodos para se evitar uma gravidez indesejada. Existem também indicações médicas para a pílula, tais como endometriose, ovários policísticos, tensão pré-menstrual e cólica menstrual.
Vantagens: se tomada corretamente começa a funcionar no primeiro dia de uso. Nos dias de pausa entre as cartelas a proteção contra a gravidez permanece. Normalmente reduz a cólica e a tensão pré-menstrual e os períodos ficam mais regulares.
Desvantagens: não protege contra doenças sexualmente transmissíveis e em algumas mulheres provoca o aumento de peso durante os três primeiros meses. Alguns medicamentos, como certos antibióticos, antiepiléticos e anticonvulsivantes podem diminuir a eficácia da pílula.
INJEÇÃO ANTICONCEPCIONAL
Índice de falha: aproximadamente 0,2%
Como funciona: são injeções intramusculares, tomadas a cada um ou três meses (dependendo do tipo de injeção). Sua composição faz com que a mulher não ovule e, dessa forma, impede a gravidez.
Indicações: para mulheres que esquecem de tomar a pílula ou que não podem tomá-la via oral.
Vantagens: a mulher não precisa lembrar-se de tomar diariamente. Pode ser usada durante o aleitamento e estimula a formação de glóbulos vermelhos, combatendo a anemia. Diminui o risco de doença inflamatória pélvica.
Desvantagens: os injetáveis provocam irregularidades no ciclo menstrual e algumas vezes há um atraso no retorno ao nível anterior de fertilidade. Em certas mulheres provoca o aumento do apetite, levando ao aumento de peso. Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
DIU - DISPOSITIVO INTRA-UTERINO
Índice de falha: de 0,1% a 4%
Como funciona: uma pequena peça de plástico recoberta com cobre impede que o óvulo fecundado se implante na parede do útero ou atua nas trompas e no espessamento do muco cervical, evitando a gravidez. O médico coloca o DIU dentro do útero e realiza um controle periódico. Os mais modernos duram em média cinco anos, sendo retirados quando a mulher desejar.
Indicações: para quem já tem filhos e deseja esperar mais tempo para a próxima gravidez ou para quem não quer uma solução definitiva (como a laqueadura).
Vantagens: não interfere no ato sexual e tem um efeito de longa duração.
Desvantagens: algumas mulheres passam por dores e sangramento após a inserção do DIU. Não é recomendável para quem nunca teve filhos; a menstruação pode se tornar mais abundante. Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
IMPLANTE ANTICONCEPCIONAL
Índice de falha: aproximadamente 0,1%
Como funciona: uma cápsula de plástico contendo hormônios é colocada embaixo da pele do braço ou das nádegas, com anestesia local. Inibe a ovulação e dura de 6 meses a 5 anos, podendo ser retirada quando a usuária desejar.
Indicação: para prevenção da gravidez durante um longo prazo e para mulheres que não querem tomar pílulas diariamente.
Vantagens: rápido retorno à fertilidade após a remoção; provoca a ausência ou a diminuição das menstruações. A eficácia contraceptiva inicia-se oito horas após a inserção do implante.
Desvantagens: não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. Pode causar alterações no ciclo menstrual, ganho de peso, sensibilidade mamária e cefaléia.
ENDOCEPTIVO
Índice de falha: aproximadamente 0,1%
Como funciona: o ginecologista coloca o dispositivo de plástico ou de metal (parecido com um DIU) dentro do útero. O endoceptivo libera uma pequena quantidade de hormônio na parede interna do útero, por cerca de cinco anos. Ele também torna o muco do cervical mais espesso, impedindo a entrada do esperma.
Indicações: para mulheres com filhos que gostariam de planejar uma nova gravidez no futuro. É um contraceptivo de longa duração altamente eficaz.
Vantagens: a menstruação pode desaparecer em algumas mulheres após poucos meses uso e reduz dores menstruais. Protege contra doenças que provocam inflamação pélvica e diminui a incidência de miomas, sangramento abundante e endometriose.
Desvantagens: efeitos relativos aos hormônios, como acne, alteração de peso, náusea, cefaléia, alterações do humor e desconforto mamário no início do tratamento. Custa caro e não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
VASECTOMIA
Índice de falha: de 0,1 a 1%
Como funciona: chamada também de esterilização masculina, o médico corta os vasos deferentes (tubos que conectam os testículos ao pênis). Dessa forma os espermatozóides são bloqueados nos testículos e o esperma liberado durante a ejaculação não fertiliza óvulo. A cirurgia é simples e com anestesia.
Indicações: homens que não querem mais ter filhos.
Vantagens: um mês e meio após a operação o homem não precisa mais usar qualquer método para evitar a gravidez da sua parceira.
Desvantagens: um pouco de inchaço e dor após a cirurgia. A solução é praticamente permanente e sua reversibilidade não é garantida. Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
LIGADURA DE TROMPAS (LAQUEADURA)
Índice de falha: de 0,4 a 1%
Como funciona: existem diversos métodos utilizados para a esterilização feminina. O médico liga ou corta as Trompas de Falópio, o óvulo não chega ao útero e a gravidez não ocorre.
Indicações: mulheres que não querem mais ter filhos.
Desvantagens: exige internação e anestesia geral ou regional. É irreversível e alguns hospitais não realizam a cirurgia em mulheres que nunca tiveram filhos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) está autorizado a realizar laqueadura e vasectomia gratuitamente, desde que a mulher ou o homem tenham mais de 25 anos e no mínimo dois filhos vivos. Se o candidato à esterilização for casado, é preciso que seu cônjuge concorde com a realização da cirurgia. E, se depois de alguns anos houver arrependimento, pode ser feita uma cirurgia de reversão, cujos custos também são cobertos pelo SUS.
MICRO PÍLULA
Índice de falha: de 3 a 4%
Como funciona: a micro pílula possui uma pequena quantidade de hormônio e deve ser ingerida diariamente, sem interrupção. Impede a passagem dos espermatozóides, pois atua no colo do útero.
Indicações: para evitar a gravidez durante a amamentação, já que durante esse período a mulher não engravida facilmente. Para o casal que não deseja usar camisinha ou outro método contraceptivo durante esse período.
Vantagens: o uso prolongado não prejudica o organismo.
Desvantagens: não protege contra doenças sexualmente transmissíveis. A mulher tem que se lembrar de tomar todos os dias, no mesmo horário.
CAMISINHA
Índice de falha: de 3 a 20%
Como funciona: também chamada de condom ou preservativo, a camisinha é uma cobertura fina de látex que envolve o pênis durante o ato sexual. Evita a passagem de sangue, esperma e outras secreções de um parceiro para o outro.
Vantagens: proteção contra doenças sexualmente transmissíveis como a AIDS e contra a gravidez indesejada. Facilmente encontrada (farmácias, supermercados, motéis etc.) e não custa caro.
Desvantagens: se não for colocada corretamente pode haver vazamento do esperma durante o ato sexual. Deve ser retirada logo após a ejaculação e a sua colocação deve ser sempre feita com o pênis ereto.
CAMISINHA FEMININA
Índice de falha: de 8 a 20%
Como funciona: dois anéis de borracha: um fica dentro da vagina e outro fora, uma mistura de camisinha masculina com diafragma. Impede que o esperma atinja o interior do útero e que haja a fecundação. A mulher deve colocá-la como se fosse um absorvente interno, apertando o anel mais endurecido e introduzindo-o com a ajuda dos dedos. Depois da relação deve ser retirada.
Vantagens: pode ser colocada até oito horas antes da relação, mas deve ser removida logo após, antes da mulher se levantar. Possui uma menor probabilidade de romper e protege contra doenças sexualmente transmissíveis, como a AIDS.
Desvantagens: não é possível utilizar a camisinha feminina e a masculina juntas. Não pode ser usada por mulheres virgens, é descartável e mais cara que a camisinha masculina.
DIAFRAGMA
Índice de falha: de 6 a 20%
Como funciona: um pequeno anel de metal recoberto por uma película de borracha ou silicone. Impede que os espermatozóides entrem no útero e que haja a fertilização do óvulo. A mulher deve colocá-lo dentro da vagina antes da relação, junto com algum creme espermicida.
Indicações: mulheres que não podem tomar hormônios.
Vantagens: reutilizável, dura bastante tempo se tomados os cuidados de conservação. Pode ser retirado até oito horas após a relação.
Desvantagens: não pode ser utilizado por mulheres virgens ou que tenham algum problema no colo do útero. Inicialmente o tamanho do diafragma deve ser medido por um médico.
ESPERMICIDA
Índice de falha: de 6 a 20%
Como funciona: são cremes, supositórios, sprays ou geléias especiais, colocados dentro da vagina antes da relação. Suas substâncias químicas matam os espermatozóides e impedem a fertilização.
Vantagens: podem ser colocados na vagina entre 20 a 30 minutos antes das relações e atuam como lubrificante.
Desvantagens: são menos seguros que a camisinha e não são encontrados em qualquer lugar. Algumas mulheres têm alergia aos espermicidas; eles não protegem contra doenças sexualmente transmissíveis.
TABELINHA
Índice de falha: de 10 a 20%
Como funciona: a tabelinha se baseia em cálculos de ovulação. Utilize a calculadora do Clicfilhos para saber qual é o seu período fértil.
Indicação: para quem quer engravidar (e não para quem quer evitar).
Desvantagens: existem mulheres que engravidam em qualquer época do ciclo, até mesmo durante a menstruação. Perigoso para adolescentes visto que o ciclo, nessa época, sofre grandes variações.Não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
COITO INTERROMPIDO
Índice de falha: de 15 a 20 %
Como funciona: o homem, segundos antes da ejaculação, retira o pênis da vagina.
Vantagens: melhor método quando não se dispõe de nenhum outro.
Desvantagens: as secreções do pênis durante a excitação podem conter espermatozóides vivos. Não é fácil conter a ejaculação. Não há proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis.
PÍLULA DO DIA SEGUINTE
Índice de falha: de 10 a 20 %
Como funciona: utilizado como anticoncepcional de emergência, possui uma grande quantidade de hormônio. Deve ser tomado em três doses, sendo 12 horas 24 horas e 36 horas após a relação, para evitar a gravidez.
Indicações: quando há o rompimento do preservativo durante o ato sexual ou em casos de estupro.
Desvantagens: efeitos colaterais como enjôo, mal estar, vômitos. Interfere na regularidade do ciclo menstrual. Por ser de emergência, não pode ser usada de maneira habitual.
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