Segunda-feira, 20 de janeiro de 2025 |
"Esperei muitos anos para ter o primeiro filho. Casei e fui trabalhar para conquistar minha independência financeira. Quando alcancei o cargo que aspirava e uma certa estabilidade na empresa decidi engravidar. A experiência foi maravilhosa. Curti os nove meses intensamente até o nascimento de Gabriel. Fiquei tão feliz que após dois anos estava "esperando" Renata. Hoje estou em harmonia com a família e com a profissão", diz Mônica Stamboni, fisioterapeuta em São Paulo.
Será possível conquistar o reconhecimento profissional e cuidar bem dos filhos? Com algumas mudanças na rotina você pode achar um ponto de equilíbrio e ser muito feliz!
Uma das providências tomadas pela gerente de marketing Sofia Buzzo, de São Paulo, foi comprar um celular para cada uma das filhas - Simone, de 5 anos e Samantha, de 4. Apesar da pouca idade das meninas, a executiva confia plenamente nesse tipo de comunicação. "Sei que elas são muito pequenas para lidar com os telefones móveis, mas ensinei as operações básicas do aparelho", explica Sofia.
As crianças passam toda a manhã no colégio e voltam para a casa com o transporte escolar. Durante a tarde vão para a natação e o balé, sempre acompanhadas pela avó Zulmira. "Preciso saber o que está acontecendo com elas. Mesmo com minha mãe por perto, me sinto culpada por não participar ativamente da rotina delas", conta a gerente.
Viver bem no trabalho sem medo de deixar a criança em segundo plano. Você acha difícil? Para a psicóloga Gizele Loretto, de São Paulo, é possível harmonizar a dupla jornada sem que seu filho se sinta prejudicado ou rejeitado.
De acordo com a especialista, o melhor recurso para acabar com o sentimento de culpa é separar bem os "departamentos". Mesmo que você tenha uma rotina profissional muito agitada, seu pimpolho não precisa compartilhar a tensão. "Caso o tempo seja restrito, os momentos com a criança devem ser agradáveis".
Quando estiver com seu filho, esqueça a briga que teve com o chefe ou aquela interminável reunião de negócios. Dedique todas as horas disponíveis para conversar, brincar e até dar aquela bronquinha, quando necessária, sem descontar o estresse do dia. Mesmo durante o expediente, disponha-se a gastar alguns minutos para falar ao telefone com ele.
A psicóloga garante que assim a criança vai perceber o quanto você se preocupa com ela, mesmo estando longe. "São pequenas atitudes que valorizam o relacionamento e compensam ausência".
Trabalhar ou ficar em casa cuidando dos filhos? Desde os anos 60, essa é uma discussão constante. Nessa época as mulheres começavam a buscar a independência financeira. A dependência da figura masculina estava com os dias contados, junto com a submissão ao marido.
Hoje, no novo milênio, a mulher chefe de família, assumindo as despesas, não é mais um espanto. Muitas jovens até preferem estudar e alcançar altos postos de trabalho para depois ter filhos ou se casar.
Nos últimos anos, a participação feminina no mercado de trabalho aumentou consideravelmente. Em 2000, representavam 40,8% da população economicamente ativa (PEA) brasileira, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 1979, o índice era de 31,7%.
Ser profissional competente e cuidar dos filhos são condições suficientes para as mulheres viverem no limite. Comprovando a tese, recentes estudos norte-americanos revelaram que essas "guerreiras" sofrem três vezes mais de estresse do que outras pessoas.
Cientistas da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, analisaram a oscilação da taxa hormonal feminina em três períodos do dia: pela manhã, durante a jornada de trabalho e antes de dormir. O resultado foi alarmante: o nível de cortisol, adrenalina e testosterona, substâncias ligadas ao estresse, é três vezes maior em mães que trabalham.
A alteração dos hormônios dos homens e mulheres sem filhos aumenta durante o expediente e cai à noite; o das mães não baixa e em alguns casos chega até a crescer. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista americana Psychosomatic Medicine.
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