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Alimentos inteligentes
Por Luiza Helena Marcondes
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Uma boa alimentação na primeira infância é diretamente responsável pelo desenvolvimento do cérebro de seu filho. Conheça como agem e quais são os alimentos "inteligentes"
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As mitoses dos neurônios (multiplicação das células do cérebro) ocorrem até os 3 anos de idade e quando a criança está bem nutrida. Um indivíduo desnutrido, que não pode alimentar-se bem nessa fase da vida, não consegue completar esse processo. Conseqüentemente, o seu grau de inteligência também ficará comprometido. De acordo com a professora e coordenadora do curso de nutrição do Centro Universitário São Camilo, Sandra Chemin, de São Paulo, mesmo que a criança, anos mais tarde, comece a comer bem, as células cerebrais não conseguem mais se recuperar. "Quando se trata de cérebro, o que se formou está formado, o que foi lesado não pode mais ser corrigido", ela garante.
Os neurônios são diferentes das outras células do corpo. Quando cortamos um dedo
ou fraturamos um osso, o próprio organismo se encarrega da reposição de micropartículas do corpo que formam novos tecidos no lugar daquele que foi danificado. No caso do cérebro, o processo de complica. Existem estudos, no entanto, que apontam a ocorrência de algumas mitoses até o 5º ano de vida, de forma bem
mais lenta.
Para que isso ocorra e se possa obter o pleno desenvolvimento de tais células é preciso que a criança tenha uma alimentação bem equilibrada e rica em proteínas (carnes) e alimentos que forneçam energia (os carboidratos). "Se ingerir, por
dia, três frutas quaisquer, verduras, legumes, arroz, feijão, carne, 1 copo de leite ou derivado, seu filho terá uma alimentação equilibrada e nutritiva", diz a professora. E terá, portanto, mais condições de ficar "inteligente", embora não se possa definir essa característica apenas pela boa alimentação. A inteligência é fruto de vários fatores, que incluem principalmente o estímulo cerebral, como leitura, acesso à informação e muita conversa.
Crianças em idade escolar
O café da manhã é extremamente importante para um bom rendimento na escola. Sem ele, o nível de glicemia do organismo cai na metade deste período e a criança fica fraca, desatenta, sonolenta. E não consegue se concentrar na aula. Segundo a professora Sandra Chemin, um desjejum nutritivo, pode ter a seguinte composição:
1 copo de leite
1 porção de cereais matinais ou 4 bolachas sem recheio
1 fruta
Para os que estudam à tarde, o almoço não deve conter alimentos muito gordurosos e pesados, excelentes indutores do sono. A refeição ideal deve conter:
1 bife médio
2 colheres (sopa) de feijão
3 colheres (sopa) de arroz
2 colheres (sopa) de verdura
2 colheres (sopa) de legumes
1 fruta