Domingo, 19 de janeiro de 2025 |
Um parto mais humanoPor Luciana Meirelles * em 02/12/2000 Parto normal ou cesárea? Muitas mulheres convivem com essa dúvida por medo ou falta de informação. Conheça, aqui, um pouco mais sobre o assunto. |
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O mundo ocidental, salvo raras exceções e poucas variações, vê o nascimento de uma criança como uma cirurgia ou o tratamento de uma doença. Cria-se, assim, um clima ao mesmo tempo de enfermidade e cura, como se estivesse nas mãos da equipe médica aliviar sintomas e curar um mal. O resultado é uma mistura de medo, impotência e falta de participação das parturientes.
É certo que os avanços dos procedimentos médicos podem servir ao ser humano e melhorar seu atendimento. Mas é preciso, também, humanizar as práticas e as rotinas durante o nascimento de um bebê dentro de um hospital.
As estatísticas são preocupantes e o índice de cesarianas acima de 50% em relação aos partos normais indica um uso indiscriminado dessa prática.
Os defensores da cesariana argumentam que a mulher sofre menos e que seu corpo é mais preservado. No entanto, sendo uma cirurgia, a cesariana provoca dor mais intensa no pós-operatório, dificulta a recuperação da mulher e ainda pode trazer complicações. Há uma relação entre os altos índices de cesariana e a taxa de mortalidade perinatal.
Este é um momento único e mágico, e é muito importante que a mãe possa participar mais ativamente das decisões a serem tomadas, num clima de respeito e carinho.
Mas, para poder reivindicar seus direitos e fazer com que sejam respeitados, a gestante tem antes de conhecê-los. E quais são eles?
Todo casal deve visitar a maternidade onde o filho vai nascer. Assim, poderá se familiarizar com os espaços e rotinas de trabalho. Isso porque uma internação hospitalar sempre provoca ansiedade. Uma mãe que participa ativamente de seu trabalho de parto e que estabelece boas relações com o pessoal que a atende mostra-se mais apta a aproveitar o primeiro contato com seu filho.
Outro ponto importante a ser levado em conta diz respeito à presença do pai durante o parto. Conversando sobre o assunto, o pai pode escolher o tipo de colaboração que deseja oferecer nesse momento.
A mulher deveria poder escolher sua posição no momento do parto. Embora a grande maioria aceite ficar deitada, sabemos que uma posição vertical é mais fácil para a gestante, pois nessa postura o processo de expulsão do feto leva menos tempo, tornando mais fácil o nascimento.
O parto vaginal é o que oferece maior gratificação para a mãe e seu filho quando o estado de ambos permite. Ele exige mais empenho e paciência por parte da mãe e, também, mais tempo de espera por parte do médico. Mas parto cesáreo também é considerado normal, quando indicado pelo obstetra. Por alguns desses motivos, escolhe-se mais a cesárea, já que o nascimento ocorre com hora marcada e, portanto, gera menos tensão na parturiente. Em determinadas situações é preciso renunciar ao parto vaginal. O "parto normal" então, não é exclusivamente o vaginal, e sim aquele que oferece à mãe e a seu filho as condições mais adequadas para a saúde de ambos, mãe e bebê.
Parto normal
A mulher participa ativamente até o momento da expulsão do feto. Não há necessidade de grandes incisões cirúrgicas, apenas um cortezinho na vagina de alguns centímetros chamado episiotomia. Após 5 centímetros de dilatação do colo uterino, injetam-se na mulher pequenas quantidades de anestésicos que não interferem no trabalho de parto. O papel do obstetra é avaliar todas as variantes vitais da gestante: o avanço das contrações, a força e a freqüência das contrações do útero, a descida do bebê pelo canal de parto, os batimentos cardíacos e as oscilações respiratórias.
Vantagens para a mãe:
O bebê nasce por via cirúrgica feita por meio de um corte horizontal na altura do limite dos pêlos pubianos. A mulher é anestesiada e não participa ativamente do trabalho de parto. O obstetra e sua equipe comandam o nascimento, desde a monitorização da mãe até a saída da criança. Ele aprofunda a incisão até atingir a parte inferior do útero, retira o bebê e costura a região.
Quando é bem indicada?
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