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Equoterapia, reabilitação e conforto

Por Luiza Helena Marcondes * em 17/12/2001


Atividades com cavalos podem ser fundamentais na reabilitação de doenças físicas e mentais. Confira como.

O tratamento para deficiências físicas e mentais não é mais exclusividade de consultórios e ambientes fechados e com um aspecto triste. A equoterapia, método que utiliza o cavalo como "instrumento" terapêutico surgiu para revolucionar as técnicas convencionais e possibilitar a melhor reabilitação e o bem-estar estar do paciente.



Com a ajuda do animal, portadores de doenças como Síndrome de Down, paralisia cerebral e atrofia muscular conseguem recuperar alguns movimentos do corpo, aumentam a auto-estima e sua qualidade de vida.

Reabilitação sobre quatro patas

Mas o que é realmente a equoterapia? Algumas pessoas consideram o método como a terapia da alma, na qual é possível trabalhar o lado psicológico e físico ao mesmo tempo. A técnica é baseada no cavalo. "O animal funciona como um terapeuta. Ele oferece todas as condições necessárias para a reabilitação do paciente", diz Sinia Katherina Reichamann, instrutora de equitação do Vida - Equitação e Equoterapia, em São Paulo.


Contudo, para o melhor proveito do doente, uma equipe de profissionais composta por médicos, fisioterpeutas, psicólogos, instrutores de equitação, ortopedistas, entre outros especialistas precisa estar atenta. Dependendo do grau da doença, o paciente não consegue montar sozinho e precisa estar amparado por outras pessoas.


Entretanto Sinia lembra que o método é uma terapia complementar e que doente deve continuar fazendo o tratamento convencional. "O restabelecimento é significativo, sobretudo no que diz respeito ao lado emocional".


A instrutora de equitação diz que o método não é exclusivo para deficientes físicos ou mentais. "Em algum momento da vida, qualquer pessoa pode procurar a ajuda da equoterapia como uma terapia auxiliar". Apenas quem tem alergia ao pêlo de cavalo ou desvio de coluna muito grave não deve se submeter a esse tipo de atividade. Embora as restrições sejam pequenas, é sempre bom consultar um especialista para que ele possa avaliar as suas condições e indicar a equoterapia.

Alívio das tensões e auto-estima elevada

"O passo do animal provoca estímulos no corpo do praticante que está sobre seu dorso semelhante ao caminhar do ser humano", diz Sinia Reichamann. "Esse movimento atua diretamente no sistema nervoso profundo, responsável pelas noções de equilíbrio, distância e lateralidade. Portanto, mesmo que o indivíduo não consiga andar, o seu quadril desloca-se como se estive caminhando". Mas essa não é a única vantagem do tratamento.


O contato com a natureza aumenta a auto-estima do praticante e proporciona o alívio das tensões diárias. "É um momento de relaxamento e integração entre a pessoa, o meio ambiente e o animal", diz a instrutora.


Crianças e adultos hiperativos, depressivos ou estressados também conseguem tirar proveito do método. O cavalo proporciona situações gostosas que às vezes obrigam a pessoa a lidar com o fator surpresa, o que também contribui para incrementar a autoconfiança.


Alguns dos fatores mais beneficiados pela a equoterapia são a postura, a coordenação motora, o equilíbrio, a respiração e a sociabilização, mas eles dependem principalmente do bom contato entre o praticante e o cavalo. Essa relação precisa ser bem estreita para que os resultados apareçam. "Existem pacientes que tem medo do animal e outros que não tem problema algum, por isso o trabalho deve personalizado", completa Sinia.


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