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Os primeiros dias de vidaPor Dr. Leonardo Posternak * em 20/03/2001 Seu bebê espirra com freqüência, soluça e nem sempre depois de mamar arrota? Esses pequenos problemas acontecem com a maior parte dos recém-nascidos e não são sinais de doença à vista. Veja o que fazer nesses casos. |
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A imaturidade do organismo do recém-nascido provoca algumas reações estranhas e em geral são motivo de preocupação para os pais, principalmente os de primeira viagem. Mas são situações típicas do desenvolvimento e uma respostas aos estímulos que está recebendo. Então, não se desespere diante dos quadros que verá a seguir. São normais e freqüentes!
Espirros
Logo no primeiro dia de vida seu filho pode espirrar. Mas isso não é sinal de gripe ou resfriado. O organismo do bebê está tentando limpar as vias aéreas superiores, que podem conter um pouco de líquido amniótico ou sangue, aspirados durante o parto, tanto normal como cesáreo. Essas substâncias podem ter secado e grudado na mucosa do nariz, provocando incômodo. Para ajudar seu filhote, pingue algumas gotinhas de soro fisiológico nas narinas: elas irão eliminar os resíduos.
Olho aberto
Alguns bebês não fecham os olhos completamente ao dormir, deixando aparecer um pedacinho da córnea. Isto ocorre porque a pálpebra ainda não está com a musculatura firme e impede a cobertura total da superfície ocular. Nesse caso não há nada a fazer, apenas aguardar a maturidade do organismo. Em média, após o primeiro mês de vida o problema acaba.
Soluços
Dois estímulos podem desencadear o soluço: frio na barriga e estômago cheio. O primeiro geralmente acontece quando a fralda ou a roupa do bebê é trocada deixando o abdome exposto. Mas assim que o local é aquecido e protegido o soluço acaba. O segundo ocorre por hiperalimentação. Quando o recém-nascido mama demais, o estômogo dilata e pressiona o diafragma, provocando pequenas contrações.
Arrotos
Essa é uma preocupação constante dos pais. No entanto há crianças que, depois da mamada, nem sempre emitem o barulho característico do arroto, que é expulsão do excesso de ar acumulado no estômago. Outras são mais lentas e demoram a arrotar. Aguarde alguns minutos com o bebê no colo e evite aqueles tapinhas nas costas dele. Acredite: mesmo dormindo, seu filho conseguirá eliminar o excesso de ar que causa desconforto.
Respiração barulhenta
O recém-nascido, muitas vezes, emite um barulho parecido com o ronco. Isso é resultado do crescimento do tecido linfático que compõe as amígdalas, baço, alguns gânglios e nariz, entre outros. Nas narinas o aumento do tamanho é mais acelerado e dificulta a passagem do ar provocando o ruído. Depois do primeiro semestre, os tecidos se igualam e o problema desaparece. Não é preciso operar.
* Dr. Leonardo Posternak é médico pediatra,
membro do Departamento de Pediatria do Hospital Israelita Albert Einstein.
Co-autor do livro
E Agora, o que Fazer? A Difícil Arte de Criar os Filhos, Editora Best Seller.
Autor de
O Direito a Verdade - Cartas Para Uma Criança, Editora Globo.
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